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Manuel Bandeira - Profundamente

Quando ontem adormeci Na noite de São João Havia alegria e rumor Estrondos de bombas luzes de Bengala Vozes cantigas e risos Ao pé das fogueiras acesas. No meio da note despertei Não ouvi mais vozes nem risos Apenas balões Passavam errantes Silenciosamente Apenas de vez em quando O ruído de um bonde Cortava o silêncio Como um túnel. Onde estavam os que há pouco Dançavam Cantavam E riam Ao pé das fogueiras acesas? - Estavam todos dormindo Estavam todos deitados Dormindo Profundamente Quando eu tinha seis anos Não pude ver o fim da festa de São João Por que adormeci Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo Minha avó Meu avô Totônia Rodrigues Tomásia Rosa Onde estão todos? - Estão dormindo Estão todos deitados Dormindo Autor: Manuel Bandeira Titulo:  Profundamente. Profundamente Blog Poema & Versos Fonte:  http://curtapoesia.blogspot.com.br/

Manuel Bandeira - Canção do vento e da min ha vida

O vento varria as folhas, o vento varria os frutos, o vento varria as flores... E a minha vida ficava cada vez mais cheia de frutos, de flores, de folhas. O vento varria as luzes, o vento varria as músicas, o vento varria os aromas... E a minha vida ficava cada vez mais cheia de aromas, de estrelas, de cânticos. O vento varria os sonhos e varria as amizades... o vento varria as mulheres. E a minha vida ficava cada vez mais cheia de afetos e de mulheres. O vento varria os meses e varria os teus sorrisos... o vento varria tudo! E a minha vida ficava cada vez mais cheia de tudo. Autor: Manuel Bandeira Titulo:  Canção do vento e da minha vida Blog Poema & Versos Fonte:  http://curtapoesia.blogspot.com.br