J.G. de Araujo Jorge - Vinho
Do amor tu não dirás: provo, mas não me embriago, que não basta provar para sentir o amor. É preciso sorvê-lo até o último trago se a embriaguez é que dá seu profundo sabor. Teu amor deve ter profundidade e cor não deve ser um sonho doentio e vago, se assim for, então sim, podes te dar por pago que este é o preço da vida e todo o seu valor. Transborda a tua taça, ergue-a nas mãos, e brinda o momento feliz que viveste e não finda, que só o amor que embriaga e que nos leva a extremos pode glorificar os sentidos e a vida, e vencendo a razão que nos tolhe e intimida, nos faz reaver, de pronto, as horas que perdemos! Autor: J.G. de Araujo Jorge Titulo: Vinho