Marquesa de Alorna, in 'Antologia Poética' - Pára, Funesto Destino

Pára, funesto destino, 
Respeita a minha constância; 
Pouco vences, se não vences 
De minha alma a tolerância. 

Se eu sobrevivo aos estragos 
Dos males que me fizeste, 
Inutil é combater-me, 
Nem me vences, nem venceste. 

Com secos olhos diviso 
Esse horror que se apresenta: 
Os meus existem de glória; 
Morrendo a glória os alenta. 


Marquesa de Alorna, in 'Antologia Poética' 
Portugal - 1750 // 1839 - Poeta/Pedagoga 
Título: Pára, Funesto Destino

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