Pedro Salinas (1891-1951)
Sí. Cuando quiera yo Sim. Quando eu queira
la soltaré. Está presa a soltarei Está presa
aqui arriba, invisible. aqui acima, invisível.
Yo la veo en su claro Eu a vejo em seu claro
castillo de cristal, y la vigilan castelo de cristal, vigiada
cien mil lanzas – los rayos por cem mil lanças – os raios -
- cien mil rayos – del sol. Pero de noche cem mil raios do sol. Mas de noite,
cerradas las ventanas fechadas as janelas
para que no la vean para que não a vejam
- guiñadoras espías – las estrellas, - piscantes espiãs – as estrelas,
la soltaré. ( Apretar un botón. ) a soltarei. (Apertar um botão.)
Caerá toda de arriba E cairá toda lá de cima
a besarme, a envolverme a beijar-me, a envolver-me
de bendición, de claro, de amor, pura. de bênçãos, de claridade, de amor,
En el cuarto ella y yo no más, amantes / pura.
eternos, ella mi iluminadora E no quarto eu e ela só, amantes
musa dócil en contra eternos, ela minha iluminadora
de secretos en masa de la noche musa dócil contra
- afuera – os segredos em massa da noite
descifraremos formas leves, signos, - lá fora -
perseguidos en mares de blancura decifraremos formas leves, signos,
por mí, por ella, artificial princesa, perseguidos em mares
amada eléctrica. /de brancura
por mim, por ela, artificial princesa,
amada elétrica.
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Autor: Pedro Salinas
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