Vinicius de Morais - Amigo

Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado. 
 É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com os olhos que contém o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo. 
 Um bicho igual a mim, simples e humano
 Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com meu próprio engano.
 O amigo: um ser que a vida não explica 
Que só se vai ao ver outro nascer
 E o espelho de minha alma multiplica.

 Autor:Vinicius de Morais
Titulo: Amigo

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